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Quando o céu desaba

Existem alturas na vida em que nos habituamos ao incerto, alturas essas em que começamos a perder um bocadinho da nossa capacidade pensante e sanidade mental. Deixamos de ter capacidade de jogar, e parece que o mundo se torna demasiado pequeno para nós.. A isto chamo amar. A nossa cabeça está demasiadamente ocupada a pensar em alguém que não temos tempo para mais nada.. Que deixamos de nos interessar por coisas banais, mas coisas que nos deixavam bem, coisas que não passam disso mesmo, coisas.. Existem alturas da vida, em que queremos ter alguém do nosso lado que nos trate bem, que nos queira tanto quanto nós a queiramos a ela, mas mesmo que não me queiras tanto quanto eu te quero a ti, pelo menos quer-me um quarto porque eu já não me importo.
Sinto que te quero, e sinto que deixo este mundo em busca do obscuro para raptar o teu coração e o colar ao meu.. Sinto-me sem forca, e com uma vontade enorme de te ir buscar e de te dar um abraço, dizer o quanto te quero, o quanto gosto e preciso de ti. Fiz planos a dois, em vão.
Acabou. Acabou mesmo antes de ter começado, e eu nunca tive a oportunidade de te poder dizer o quanto gosto de ti, o quanto queria poder ter contigo uma vida a dois. Lembrei-me agora que fiquei a dever-te um abraço.. Meu Deus, quem me dera poder dar-te esse abraço agora.. Gostava de poder aparecer na tua casa de surpresa, poder raptar-te e deixar-te sem fôlego com um beijo tão calmo que sentiríamos o bater do coração um do outro !
Sem mais sonhos, sobrevivo .. Sem mais vontade de acordar, vou tentar adormecer com lágrimas que me cobrem o rosto por saber que não te voltarei a ter ..
Sabes, Vou a Marte !

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